segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Viver é uma arte

Henrik Ibsen dizia que viver é uma arte. A palavra arte dá ideia de beleza e facilidade. A vida é verdadeiramente bela, mas será igualmente fácil? Ao pesquisarmos sobre a palavra arte, descobrimos que essa é uma palavra de origem latina, "ars" que significa técnica ou habilidade. Desta forma podemos compreender melhor o que Henrik Ibsen queria nos dizer ao comparar a nossa vida a uma arte, ou seja, para vivê-la da melhor maneira possível precisaremos de muitas técnicas e habilidades. E onde aprenderemos sobre estas técnicas? Como conseguiremos estas habilidades? Vivendo.
É necessária a compreensão de que não nascemos prontos, e assim como a vida é uma arte, segundo Brian Weiss: “A vida é uma escola. Estamos aqui para aprender... Estamos aqui para desaprender”.
Esse processo de aprendizagem dá-se início desde o nosso nascimento. Os bebês nascem com um grande potencial que precisa ser desenvolvido de forma adequada. Para que isso aconteça é importante que o bebê se sinta seguro. O bebê passa nove meses num ambiente seguro, ao nascer tudo é novo, o que ele mais precisa? Segurança. Incrível, os anos vão passando, novos ambientes vão surgindo, e lá estamos nós, de antemão necessitando mais uma vez de nos sentirmos seguros. Quem se lembra do primeiro dia de aula? Do primeiro dia que dormiu fora de casa? Do primeiro emprego?
No primeiro ano de vida o mais importante é o desenvolvimento das sensações, a descoberta do andar, pegar, rir. É todo um conjunto de aprendizado. Com o passar dos anos, e com os novos ambientes é necessário o mesmo processo de adaptação. As descobertas serão sempre as mesmas. Andar, pegar, rir, mas agora de maneira mais cuidadosa. Como devo andar? O que devo pegar? Em que momento deve ou não rir? A cada novo ambiente, surgem novos desafios e novos aprendizados.
Viver nem sempre será leve e agradável, pode ser cansativo e massacrante. A vida é mesmo complexa, cheia de riscos. Todo o  tempo somos pressionados a fazer escolhas e nós seremos sempre os responsáveis por cada uma delas. E o pior disso é que nós nem sempre temos o controle dos efeitos das nossas escolhas, situações improváveis sempre acontecem.

Durante a nossa vida experimentaremos diferentes etapas de desenvolvimento, que precisam ser por nós estimulados. Haverá momentos de tristeza, mas também de alegria e assim a história de cada um é construída. Se viver é uma arte, então que tornemo-nos rapidamente artistas. 

Mônica Bastos

Publicado:http://paginarevista.com.br/monica_bastos.html

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Missão de vida. Eu tenho uma?

Inúmeras vezes ouvimos de algumas pessoas ao realizarem determinada tarefa, a seguinte afirmação: “Essa é a minha missão de vida”. Infelizmente muito de nós ainda não conseguiu identificar qual a sua verdadeira missão, talvez por não saber exatamente do que se trata.
Na maioria das vezes, a missão é confundida com hobby e também com profissão, no entanto, nós escolhemos hobby e profissão, mas não escolhemos a missão. Essa incumbência está intrínseca em nós, e desde os nossos primeiros anos de vida, começa a se revelar.
O que é missão de vida? Eu tenho uma? A missão de vida é o que podemos denominar de CHAMADO, o motivo da nossa existência. Sem ela, a nossa vida se torna vazia, e passamos grande parte do tempo, tentando encontrar o motivo pelo qual estamos nesta terra. A missão de vida dá ao ser humano uma importância que muitas vezes não é notada e valorizada por ele mesmo. Quando compreendemos que temos uma missão de vida, descobrimos que somos únicos e que fomos chamados para cumprir algo específico no mundo, algo que só nós podemos realizar.
O mundo hoje possui mais de 7 bilhões de habitantes e sem dúvidas, todos tem uma missão. Infelizmente, grande parte não descobriu a sua, uma grande parte nem se importa com isso e outra grande parte nem sabe da sua existência.  Mas se todos nós temos uma missão, não seria justo que todos soubessem e se importassem? Sim, isso aconteceria se as pessoas não negligenciassem o seu chamado. Todos nós temos um chamado, e é importante cumpri-lo, de maneira que outras pessoas não sejam prejudicadas pela nossa falta de sensibilidade.
Há alguns anos atrás, estava em um grande evento, e o pregador da noite disse: “Não estava nos meus planos vir ao Brasil, mas Deus disse a mim que viesse, pois eu precisava  falar com uma pessoa. Então eu vim”.  Não sabemos ao certo o que aconteceu, creio que o pregador não se preocupou em saber quem era a pessoa, ele veio, cumpriu o seu chamado, e saiu satisfeito em fazê-lo. Esse é o verdadeiro sentido da missão, cumpri-la, independente dos resultados.
Jesus veio a este mundo com uma missão específica, morrer em nosso lugar para que os nossos pecados fossem perdoados e assim pudéssemos alcançar a vida eterna. Muitos reconhecem o chamado e a missão de Jesus, outros não se importam, mas nem por isso Cristo deixou de realizá-lo, ou está insatisfeito com o resultado. Ele sabe que cumpriu aquilo que lhe foi proposto, mas está nas pessoas compreenderem ou não.
Quando temos convicção do nosso chamado, não há em nós preocupação alguma em relação a reconhecimento ou aceitação. A nossa satisfação está em realizá-lo.
Agora a pouco me lembrei do acidente fatal, que ceifou a vida do cantor Cristiano Araújo e da sua namorada. Um casal jovem, com um belo futuro pela frente. Se pudesse dizer alguma coisa para seus pais, faria algumas interrogações: Será que a missão dos dois  nesta terra já não foi cumprida? Será que Cristiano não cresceu e ficou famoso para um dia, sua morte servir de exemplo para milhões de pessoas? Quantas vidas foram salvas, desde a sua morte? Quantas pessoas agora usam cinto devido ao acontecido? No entanto, sabemos que tem aqueles que não se importam e que diariamente morrem por negligenciarem a grandiosidade da informação. Será que a família do Cristiano e da sua namorada entenderiam? Será que a dor diminuiria? Com certeza não. No entanto, nenhum comercial, a nível mundial, transmitiria uma mensagem de maneira tão forte e impactante.
O que é missão de vida?  Altruísmo e dedicação. É abrir mão das suas vontades em prol de ajudar o outro. É caminhar de mãos dadas com todos, certos de que existe algo bem maior. É compreender que a caminhada é longa e que requer de nós cumplicidade em cumprir todas as tarefas a nós propostas. 
Se alguém me pedisse para fazer um desenho sobre missão de vida, desenharia uma fila enorme de pessoas. E nesta fila cada um se mantém no seu lugar, sem tumulto, recebendo algo especial do colega de trás e logo repassa para o colega da frente. E todos caminhando em uma só sintonia, cada um cumprindo o seu papel de emissor e receptor ao mesmo tempo. Nada de reter, quando retemos aquilo que recebemos, causamos confusão na nossa vida e na vida de muitas outras pessoas.
Qual a sua missão de vida? Descubra e comece a praticar.

Mônica Bastos


terça-feira, 4 de agosto de 2015

Vencendo desafios com coaching e aprenda como fazer isso

Segundo Abraham Lincoln, “O êxito da vida não se mede pelo caminho que você conquistou, mas sim, pelas dificuldades que superou no caminho.” Vencer dificuldades e desafios diários é uma busca incansável do ser humano. Infelizmente, nem todas as pessoas conseguem ser bem sucedidas neste quesito, visto não estarem emocionalmente preparadas para enfrentar determinadas situações, principalmente aquelas que ocorrem de maneira inesperada. O que dificulta esse processo, é a aceitação de que vencer desafios, requer de nós autoconhecimento. Se conhecer alguém nos coloca em vantagem, imagine conhecer a nós mesmos?Autoconhecimento é uma das propostas do livro: Vencendo desafios com o coaching, do José Roberto Marques, presidente do Instituto Brasileiro de Coaching e da Master Coach Marta Ribeiro.
O livro apresenta de maneira ampla, soluções práticas de como vencer desafios através do processo de coaching. Um processo mágico, onde o individuo é desafiado e confrontado todo o tempo a se autoconhecer, levando-o a se afastar de tudo que o prejudique e se aproximar de tudo que o faz bem, revendo seus conceitos e valores, conhecendo suas fraquezas e potencialidades. Tudo com um único objetivo, vencer desafios para alcançar os resultados positivos esperados.
Agora, se você é do tipo descansado e que procura receitas prontas para alcançar o sucesso, definitivamente, esse livro não é para você, mas para aqueles que realmente acreditam que vencer, depende exclusivamente de nós mesmos, do nosso esforço, dedicação e principalmente da nossa força de vontade.
O livro “Vencendo desafios com coaching” traz consigo grandes lições acerca de nós seres humanos, de como somos sensíveis e ao mesmo tempo, como podemos ser facilmente insensíveis. O quanto somos fortes e ao mesmo tempo fracos. Como podemos ser bons e ao mesmo tempo maus. Tudo é uma questão de escolha. Nós decidimos os sentimentos que devemos cultivar em relação a nós mesmos e em relação aos outros. Compreendendo que o controle da nossa vida está em nossas mãos. Está em nós decidir o que queremos ser, independente da situação atual. Todas as nossas escolhas diretas ou indiretas sempre refletem em nós. Se não estamos gostando do que estamos vendo, porque não mudar? Só há um motivo para não mudar, estarmos possuídos pelo espírito da Gabriela cravo e canela. Quem lembra?
“Eu nasci assim, eu cresci assim e eu sou mesmo assim.” Independente de como nascemos ou crescemos, temos em nós a capacidade de transformação.
E é isso que o livro trás para nós, a visão de que todos nós somos capazes de mudar e vencer nossos desafios diários. Mas para isso é claro, de antemão precisamos aprender a enfrentar e vencer os nossos lobos internos, que insistem em nos devorar. Precisamos aprender a nos livrar de todas as crenças que nos impedem de avançar. Precisamos aprender a escutar as nossas emoções, permitindo-nos compreender a nossa verdadeira essência. Precisamos ser corajosos, tomar atitudes, sem medo de arriscar.
O Livro 'Vencendo Desafios com Coaching', é uma obra que procura trazer o que há de melhor em você, para que assim você possa superar tudo aquilo que te impede de alcançar os seus objetivos. Enfrentar os nossos medos não é uma tarefa muito fácil, mas também não é impossível. Está relacionado ao quanto você está disposto a enfrentar os seus medos para alcançar os seus objetivos. Você quer realmente superar esses obstáculos?Se a resposta for sim, leia: Vencendo desafios com coaching e aprenda como fazer isso.


Mônica Bastos

terça-feira, 28 de julho de 2015

Nunca é tarde para recomeçar

Tem uma frase, dita pelo coelho, no filme Alice no País das Maravilhas, muito interessante: “Se você não sabe para onde quer ir, qualquer caminho serve”.
Infelizmente "qualquer caminho" tornou-se opção para muitas pessoas, não por falta de definição de objetivos, mas talvez por cansaço. Cansaço de batalhar, sem quaisquer resultados aparente. Mas de quem é a culpa?
Buscar culpados é sempre um refúgio, pois temos grande dificuldade em assumir a responsabilidade por nossas decisões. Somos muito bons em fazer projetos, mas péssimos em planejamento. Talvez o erro não esteja no caminho trilhado, mas na maneira pela qual decidimos trilhá-lo. Então, ainda que as coisas não tenham saído como planejado, nunca é tarde para recomeçar e escolher caminhos novos. Como?
Reconhecimento: É muito difícil admitir que a nossa vida profissional ou pessoal esteja à beira de um naufrágio. Reconhecer a situação atual é o mais indicado. Muitas pessoas dormem enquanto o barco afunda. É hora de reconhecer o estrago. Como concertar algo que na minha visão não está quebrado? Difícil, não é mesmo?Então abra os olhos e encare a realidade.
Análise: É necessário fazer uma análise de toda a situação. Não encontraremos uma saída se não identificarmos as falhas anteriores. Numa caminhada rumo ao alcance de nossos objetivos, precisamos ficar atentos aos obstáculos que tendem a nos direcionar para o lado contrário e também aos atalhos, que insistimos em pegar, com o intuito de chegarmos mais rápido ao destino final. Se atalhos fossem seguros, porque motivo haveria vias principais? Atalhos devem ser usados como escapes, quando a via principal estiver de fato interditada por LONGO período.
Prioridade: Numa caminhada difícil, para não cansarmos facilmente, precisamos nos livrar do excesso de peso. O que seria esse excesso de peso? Tudo que seja dispensável. É difícil se desfazer de algumas regalias, mas caso contrário, estaremos trilhando um novo caminho, da mesma maneira que trilhamos os outros. Assim o resultado, será o mesmo. Para obtermos resultados diferentes, precisaremos mais do que caminhos diferentes, precisaremos de decisões e atitudes diferentes.
Nunca é tarde para recomeçar. Concordo com o John C. Maxwell: Um homem deve ser grande o suficiente para admitir seus erros, esperto o suficiente para lucrar com eles, e forte o suficiente para corrigi-los.
Mônica Bastos


segunda-feira, 29 de junho de 2015

Aprenda mais sobre esse "negócio" chamado resiliência

Viver definitivamente não é fácil, e para fazermos isso de maneira tranquila, precisa haver um esforço muito grande da nossa parte, pois somos seres completamente emocionais e tudo que acontece à nossa volta, dá-nos logo motivos para desistir, entregar os pontos ou até mesmo prosseguirmos com mais entusiasmo, isso depende muito do nosso nível de resiliência pessoal
.
Como você se comporta em meio aos problemas complicados? Foge ou enfrenta? Se você é daquelas pessoas que enfrenta os problemas e ainda se beneficia com eles, não há dúvidas de que você é uma pessoa resiliente. Não entendeu? Uma pessoa resiliente é aquela que possui habilidades para lidar com os problemas diários, resistindo a grandes pressões, sem entrar em surto psicológico, transformando todas as experiências negativas em aprendizado e oportunidades. É superar adversidades e depois de tantas experiências dolorosas, ter a capacidade de dar a volta por cima. É a força aliada a uma forte vontade de vencer e que depende exclusivamente de nós e da nossa capacidade em tomar decisões.
Não é fácil ser resiliente, não é fácil conseguir manter-se sereno diante de uma situação de adversidade administrando as emoções, no entanto se fizermos uma análise das perdas e dos ganhos, podemos comprovar que as pessoas resilientes conseguem com uma facilidade maior serem bem sucedidas. Por quê?
Durante a nossa trajetória de vida, aprendemos que razão e emoção devem caminhar separadas e que em momentos decisivos, a razão deve sempre prevalecer. No entanto, o neurocientista português António Damásio, nos afirma que as emoções são inseparáveis da razão humana e que as emoções desempenham um papel muito importante no desenvolvimento do raciocínio e na tomada de decisão.  Segundo António há certas decisões que são evidentemente feitas pela própria emoção. Se a razão caminha lado a lado com as emoções, administrar as emoções nos coloca à frente daqueles que insistem em optar pela razão ou daqueles que optam sempre pela emoção.

Posso aprender a ser uma pessoa resiliente?
Sabemos que todos os seres humanos são diferentes psicologicamente e individualmente tem uma história de vida. ­­­­­­­­ É natural que alguns tenham um repertório melhor que outros para lidar com as adversidades e suportar o estresse. Então, se você não cresceu resiliente, se abate facilmente porque não foi convidado para aquela festa que nem estava interessado em ir e fica transtornado por que o vizinho não te cumprimentou, ainda assim pode aprender a desenvolver a resiliência. Para isso é de suma importância compreender que a resiliência significa construir novos caminhos de vida a partir do enfrentamento das adversidades. Fernando Loschiavo Nery descreve resiliência claramente em uma das suas frases: “Se atirarem pedras contra você, faça delas uma muralha ou um grande castelo.”

Como conseguir alcançar a resiliência?
Da mesma forma que fazemos para alcançar qualquer outro objetivo, mantendo o foco e principalmente a disciplina. Muitas coisas não estão sob o nosso controle, como por exemplo, as tempestades. Não me lembro de ninguém trabalhando para acabar com elas, até porque, acabar com as tempestades seria também acabar com algo indispensável à sobrevivência humana, as chuvas. Precisamos das chuvas, mas muitas vezes elas trazem essa perturbação atmosférica violenta, desejar o fim de uma coisa, é também desejar o fim da outra. O que fazer? Prepararmo-nos para os temporais (problemas, adversidades), que muitas vezes vem acompanhando as chuvas (sonhos, bênçãos, conquistas). Infelizmente em meio às tempestades não podemos fazer muito, a não ser esperar que a mesma se acalme e que vá embora. O importante a ser feito é depois, olhar os estragos, os prejuízos e ter a capacidade para colocar a mão na massa e reconstruir tudo.
Sabemos que muitos são os estragos deixados por uma tempestade, mas se nós formos analisar os destroços, vamos encontrar muita coisa nova, trazidas de longe, que com certeza, serão importantes na nossa fase de reedificação.

Como saber quando uma tempestade está chegando?
Nenhuma tempestade chega em silêncio, sempre é anunciada através de fortes ventos e relâmpagos. Fique atento aos sinais.

“Não há céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes.” (O código da Inteligência", Augusto Cury, Thomas Nelson Brasil.)

Mônica Bastos

quarta-feira, 24 de junho de 2015

É melhor ir a casa onde há luto?Como assim?


Melhor é ir a casa onde há luto do que ir a casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração. (Eclesiastes 7:2)

A pergunta é: Como que é melhor ir a casa onde há luto? É meio doloroso tudo isso, mas ao receber a notícia da morte do jovem cantor e da sua namorada, pude compreender exatamente essa palavra. O momento do luto é um momento triste, porém um momento dedicado a reflexões acerca do que é verdadeiramente à nossa vida e principalmente a importância das nossas escolhas.
É no momento do luto que percebemos que a vida tem começo e fim, e como somos totalmente impotentes diante dela. Passamos grande parte dos nossos dias tentando controlar, manipular as pessoas e as coisas. Podemos manipular a vida, mas não conseguimos manipular a morte.

O Brasil chora a morte de um cantor, mas isso vai passar. Logo novos talentos surgirão e o Cristiano Araújo pouco a pouco sumirá da lembrança de todos. Mas o filho, o irmão, o amigo, o sobrinho de 29 anos será esquecido? A Alanna namorada do cantor famoso, logo será esquecida, mas será que a filha, a amiga, a irmã, a neta, de 19 anos será esquecida? O Brasil perde um cantor, mas dois corpos familiares perdem um membro.

De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele.(1 Coríntios 12:26)

Essas famílias perdem um pedaço do seu corpo e nunca mais serão as mesmas. Tudo isso é muito triste. Imagine braços sem mãos, pernas sem pés e vice-versa? Pertencemos a um corpo que nos ama e depende de nós para estar completo.

Olhar para o luto dessas famílias me faz refletir o quão incapazes somos diante da morte e como a nossa família é importante. Infelizmente a correria do dia a dia pelo sucesso profissional e também pessoal nos deixam impossibilitados de perceber que o mais importante, nós já temos. A correria, muitas vezes nos faz colocar à nossa vida em risco, sem ao menos calcularmos. Faz-nos entregar a nossa vida nas mãos de pessoas que muitas vezes nem conhecemos. Faz-nos esquecer do que é verdadeiramente importante.

 A vida do Cristiano e de sua namorada estavam totalmente nas mãos de um "desconhecido", apenas de um motorista. Quantas vezes fazemos isso? Quantas vezes colocamos as nossas decisões nas mãos de pessoas que infelizmente não podem ajudar muito? Quantas vezes descansamos e deixamos que as pessoas escolham por nós? Quantas vezes dormimos certos de que ao acordarmos estaremos no lugar que almejamos estar?
Podemos trabalhar, correr, fazer escolhas, mas se quisermos chegar ao nosso destino, precisaremos mais que um especialista para nos conduzir. Especialistas também falham. Se quisermos chegar ao nosso destino precisamos entregar a direção das nossas vidas àquele que tem o poder de nos manter vivos, para que continuemos correndo atrás dos nossos sonhos.
“O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela.” (1 Samuel 2:6)

Meus sentimentos aos familiares destes dois jovens. Que o bom Deus possa consolar o coração de vocês. Sei que em muitas das conversas surgirão: Se ele tivesse feito isso, se tivesse agido de determinada forma, se não tivesse ido... No entanto, sabemos que toda morte tem uma causa, e sempre vem acompanhada de uma desculpa, mas na verdade, todos nós temos um tempo determinado por Deus para permanecer nesta terra, e a nossa passagem neste mundo com certeza tem um propósito específico. De maneiras diferentes, tenho convicção de que Cristiano e Allana brilharam e iluminaram vidas, desde o nascimento até à partida.

Que possamos não só em momentos de luto, mas todo o tempo, meditarmos sobre esse negócio chamado VIDA, que muitas vezes só é valorizada após a perda.
Que o Senhor: “Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria.” (Salmos 90:12)
 
Mônica Bastos

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Como seria a minha vida sozinho?

Que graça teria a vida, se tivéssemos que passar por ela sozinhos? Como seria ganhar brinquedos, e não ter com quem brincar? Como seria subir nos palcos, sem tem ninguém para aplaudir? Como seria ultrapassar a linha de chegada, sem tem com quem competir? Como seria comemorar uma conquista, sem ter alguém para comemorar conosco? Como seria os dias estressantes, sem alguém para responsabilizarmos pelos nossos problemas? Como seria assistir um jogo de futebol, sem times para disputarem a partida? Como seria a minha vida sozinho?
As coisas seriam bem diferentes. Os meus dias seriam longos. Não teria ninguém para contar as minhas loucuras e compartilhar os meus melhores momentos. Haveria melhores momentos? Com quem iria rir? A vida teria sentido? Quem acenderia as luzes do palco e abriria as cortinas? Quem assistiria ao show? Como seria a minha história? Eu teria uma história? Haveria lembranças? Teria caminho para escolher?
Que o melhor de cada viagem não sejam os lugares visitados, mas as pessoas novas que trazemos na bagagem. Que escrever seja mágico, não porque expressamos os nossos pensamentos, mas em saber que diariamente entramos na vida de mais uma pessoa. Que o melhor das conquistas, sejam as pessoas as quais podemos compartilhar cada uma delas. Que o melhor da oração, não seja escutar Deus, mas saber que Deus em todo o tempo nos escuta.
O verdadeiro sentido da vida não está nos momentos vividos, nem nas experiências compartilhadas, mas nas pessoas aos quais compartilhamos os nossos momentos e que dividem conosco grandes experiências.
Então, divida os seus brinquedos, não seja indiferente aqueles que te aplaudem, respeite os seus concorrentes, comemore todas as suas conquistas, agradeça pelos amigos que aguentam o seu mau humor e pare de afrontar o time adversário, ele é que dá sentido à competição.
Agradeço a Deus por todas as pessoas que passaram na minha vida. Todas de alguma forma contribuíram para que eu entendesse o que é de fato viver. Alguns de forma dolorosa e outros de forma deliciosamente divertida, até porque aprendi que no final, o que importa mesmo são os resultados. E que o melhor da vida são as pessoas.


Mônica Bastos

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Provoquei um tsunami?Como?

Somos ensinados por Deus, através da sua palavra a olhar para a natureza, com o olhar de aprendizado. “Olhai para as aves dos céus...” (Mateus 6:23) “... Olhai para os lírios...” (Mateus 6:28). A natureza com toda a sua simplicidade, mistérios e riqueza de detalhes, tem muito a nos ensinar. Olhando para o mar, podemos aprender sobre limites. Como assim?
Em um determinado dia caminhando com uma amiga na praia, ela disse-me: “Mônica, olha como as coisas de Deus são perfeitas, ele estabelece limite para tudo. Tanto o mar como a terra, permanece exatamente em seus lugares, em seus limites.” Lindo discernimento dado por Deus à minha amiga.
Hoje ao olhar mais uma vez para o mar, fico a imaginar, quão grandes estragos são provocados, quando o mesmo através de seus tsunamis, decide ultrapassar seus limites e invadir o espaço pertencente à terra. Mas para uma melhor compreensão, vamos aprender o que é um tsunami. O que é um tsunami? É uma série de ondas gigantes, causadas pelo movimento repentino no fundo do mar ou perto do oceano, que acabam gerando uma grande perturbação na água. Esse movimento pode ser desencadeado por diferentes fenômenos, como abalos sísmicos, erupções vulcânicas, deslizamentos de terra e alguns outros. Sendo assim, podemos afirmar que o mar apenas ultrapassa seus limites, quando é perturbado. E nós, quando ultrapassamos os limites a nós estabelecidos?
É importante que tenhamos a preocupação em respeitar limites. Quando conseguimos tal proeza, demonstramos a nossa evolução em matéria de humanismo. Damos início a um processo grandioso de autodisciplina, de compreensão e de respeito ao próximo. Ao aprendemos a respeitar o espaço do outro, fazemos com que o nosso espaço também seja respeitado.Isso é válido tanto no âmbito pessoal, como também profissional.
É incrível como alguns seres humanos têm a capacidade de invadir a vida do outro, sem nenhum pudor. Fazem isso com a maior facilidade do mundo, como se fossem possuidores da patente da vida alheia. É importante aprender que as decisões e escolhas alheias só nos dizem respeito quando influenciam diretamente ou indiretamente na nossa vida, de outra forma estamos invadindo a privacidade, o limite de outra pessoa.
Quais as consequências de invadir limites alheios? Muitas são as consequências, mas a maior delas com certeza é a reação do outro, que na maioria das vezes vem como um tsunami, devastando tudo. No entanto, ninguém aplaude um tsunami, Isso é claro, devido aos grandes estragos deixados por ele. E no final ficam apenas as vitimas, não é mesmo? Pessoas que foram atingidas injustamente, por estarem no lugar errado e na hora errada. Atingidas injustamente? Nem sempre, porque estar em determinado lugar, em determinada hora, tira-nos da condição de vítima, e nos coloca na condição de responsáveis pelas nossas próprias escolhas. Na maioria das vezes é nossa a decisão de ir, aonde ir, com quem ir e a que horas ir.
Como um tsunami, assim são as reações humanas, quando alguém decide mexer no mais profundo da sua privacidade. Logo se iniciam as perturbações e com elas a perda da brandura, do equilíbrio, do domínio próprio e da mansidão, que consequentemente vêm acompanhadas de atitudes que muitas vezes causam um impacto degradante.
Algumas pessoas são extremamente cuidadosas no quesito respeitar os limites alheios, no entanto, muitas vezes são altamente prejudicadas pela falta de cuidado no quesito relacionamentos pessoais e também profissionais. É importante ficarmos atentos com projetos e pessoas as quais decidimos pactuar, apoiar e incentivar. Principalmente quando não sabemos quais águas por eles foram perturbadas e quais limites por eles foram ultrapassados. Quando um tsunami invade os limites pertencentes à terra, todos os que se encontram  no local são bruscamente atingidos.
Estar no projeto errado, com pessoas erradas pode facilmente levar-nos a ter a nossa vida devastada.


Mônica Bastos – é Administradora, Escritora, Blogueira, Professional & Self Coaching, Coaching de carreira, Coaching de relacionamentos, Business and Executive Coaching, Analista Comportamental, Palestrante, Conferencista e Especialista em Desenvolvimento Pessoal e Administrativo no Ambiente de Trabalho. Autora do livro Um Líder Recrutado por Deus e coautora dos livros Damas de Ouro, Coaching & Mentoring - Foco na Excelência e também do E-book 15 Lições de carreira para Administradores.

terça-feira, 10 de março de 2015

Amigos ou inimigos?

Não devemos preocupar-nos com os inimigos que estão distantes, mas com aqueles que vivem pertinho de nós, disfarçados de amigos.
Muitas pessoas podem nos odiar, mas ninguém tem tanta facilidade em nos atingir do que aqueles que estão pertinho de nós, aqueles que têm livre acesso à nossa casa e também à nossa vida. Um dos animais mais peçonhentos que conhecemos é a cobra, mas para picar-nos e destilar o seu veneno, ela precisa estar perto de nós o suficiente para atacar. São perigosas, porque geralmente nos pegam de surpresa. Muitas até conseguem se disfarçar.
Alguém conhece alguma espécie de cobra que pica a distância? Não, isso é Impossível não é mesmo? O mais perto disso é a Naja, uma espécie de cobra que cospe veneno. Segundo alguns estudiosos essas cobras seguem o movimento do alvo e depois atacam. No entanto percebemos que nos livrar do veneno dessas cobras é bem mais fácil, até porque para que possam nos atingir elas precisam ser vistas. Quando vemos o perigo, é mais fácil nos defender.
Ouvimos inúmeras histórias de pessoas que no decorrer da sua vida, tornaram-se vítimas dos seus falsos amigos, como por exemplo, a história de Jesus Cristo e do seu apóstolo Judas Iscariótes.
Jesus veio ao mundo trazer a nós o seu plano de redenção, e durante a sua caminhada decidiu preparar doze homens para dar continuidade a esse projeto tão lindo e importante. Esses homens eram seus discípulos, homens que tiveram o privilégio de conviver com Cristo e conhecê-lo verdadeiramente.
Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” Mt 16:15-16.
Cristo amava todos os seus discípulos, assim como ama cada um de nós. E ele sabia exatamente com quem estava lidando. Jesus sabia que no meio dos seus doze, havia alguém se aproveitando da condição de ser seu amigo, de estar perto dele e de saber todos os seus passos. Jesus era de verdade e sabia exatamente quem era de mentira. Alguém se beneficiou do fato de conviver com Jesus para vendê-lo.
Ao nos relacionamos com alguém, sabemos exatamente do que cada um é capaz de fazer. Sua vida, seu comportamento e suas atitudes, revelam-nos diariamente quem é quem. Como Cristo, também identificamos os falsos.
Quando alguém quer saber informações ao nosso respeito, aproximam-se de “amigos” que estão perto de nós e pagam pelas informações. Quando mantemos determinadas amizades passamos uma mensagem de que estes amigos conhecem todos os nossos segredos. Mas nem sempre é verdade.
Judas era falso, mas mesmo assim Jesus permitiu que o mesmo permanecesse ali até o final. E na última ceia lá estava Judas, sentando entre os verdadeiros.
Porque Jesus permitiu que tudo aquilo acontecesse? Era um plano, um projeto que precisava ser cumprido e Judas mesmo sendo falso, fazia parte daquele projeto.
Assim como Cristo, precisamos dar continuidade aos projetos de Deus para nossa vida, e mesmo muitas vezes sendo difícil, acreditamos que algumas pessoas, por mais falsas que sejam, fazem-se necessárias para que estes projetos se concretizem. No entanto, é preciso lembrar como termina o final dessa história, e principalmente o final de Judas Iscariótes.
Chegará um determinado momento, em que cada um ficará no seu devido lugar, os de verdade e também os de mentira.

Mônica Bastos

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

A igreja e o seu pseudo amor ao próximo

A igreja prega tanto a respeito de amar o próximo, no entanto, será que alguém pode me ensinar a fazer isso? Estou tentando, mas percebo que é algo bem complicado de ser feito. Como amar ao próximo, se não posso ficar próximo dele? Quando nos aproximamos: De um homem, é namorado. De uma mulher, é homossexual. De um homossexual, é destrambelhado.  De uma prostituta, é prostituta. De um ladrão, é comparsa. De um adúltero, é adúltero. Sem contar, que não podemos nos aproximar: De um doente, a doença é contagiosa. De um pobre, ele é ladrão. De um Espírita, traz maldição para o seu lar. De um católico, são idólatras. Do candomblé, lá vem macumba. Adventista, é seita. Pentecostais, são loucos. Batistas, sem unção. Depressivo, é demônio. Loucos, vão nos matar. Negro, é bandido.
Penso que devo ser realmente diferente da grande maioria, deve ser porque sigo a linha daquele cara chamado Jesus Cristo, àquele que não faz acepção de pessoas. Àquele que ama a todos de igual maneira independente das suas escolhas.
Aprendi que o ser humano é humano, e em relação a eles devemos sempre agir com cuidado e precaução, mas nunca com preconceito. Aprendi que independente da opção sexual, todos precisam de amor, cuidado e principalmente de uma palavra amiga. Que nós fazemos as nossas próprias escolhas, e precisamos ser respeitados por isso. Aprendi que menina ainda brinca com menina, que mulher tem amiga e que o clube da Luluzinha, é muito divertido. Que graça tem reunião de meninas, supervisionada pelos olhares de reprovação dos  meninos? Fala baixo; Só falam de roupas e de sapatos; Dieta e cirurgias plásticas. Isso na frente deles né? Porque quando não estão, expomos nossas dificuldades diárias, choramos e somos altamente confortadas com palavras de apoio e motivação. Não sabem os meninos que muitos casamentos são salvos porque o Clube da Luluzinha está sempre em ação. Desde cedo aprendemos a sermos cúmplices. Rir, chorar, brigar, falar bobagem, mas também se edificar e se ajudarem.Amamos as nossas amigas e somos livres para expressar isso. Aprendi que o homossexual (gay) também é homem e sabe por que as mulheres se dão muito bem com eles? Por que os Homens são muito machos e preconceituosos demais para serem seus amigos. Homossexual (lésbica) também é mulher. São excluídas pelos homens porque delas, eles sabem que não vão tirar uma casquinha.  Aprendi que nem toda doença é contagiosa, e que pessoas enfermas precisam de atenção,da mesma forma quem precisam dos médicos.  Depressão é doença  e os que são acometidos por ela, além dos cuidados médicos  precisam de amor, apoio e ombro amigo. Aprendi que pobre é aquele que julga e discrimina. As pessoas desprovidas de bens materiais precisam de cuidados especiais, e principalmente de pessoas que os motivem a mudar à sua história. Àqueles que não têm oportunidades, precisamos ensiná-los a criá-las. Aprendi que religião é crença, se quisermos respeito em relação as nossas crenças, precisamos respeitar as crenças dos outros, mesmo quando não concordamos. Todas as religiões têm sempre algo de positivo a nos ensinar e se não há tolerância, não há religião e sim fanatismo. Bandido não tem cor de pele específica,e muito menos placa estampada na cara. Sou negra e nunca roubei. Aprendi que prostituta também é gente como a gente, e que a sua decisão de vender o corpo, não influenciará na minha decisão de preservar o meu. Tenho convicção de  quem estou aqui para influenciar positivamente a vida das pessoas e sou capaz disso.
Àqueles que decidiram se esquivar da sociedade e pregar um pseudo amor, e que entendem que são bons demais para viver neste mundo que o Senhor nos deu, tenho uma dica: Morra. No entanto, quando chegar à porta do céu, não reclame quando ela não se abrir. E se ouvir uma voz alta bradando: “Nunca vos conheci: apartai-vos de mim.” (Mateus 7:23), é aquele cara chamado Jesus. E não se surpreenda caso aquela prostituta, ou o ladrão, ou homossexual ou qualquer um daqueles os quais você tem desprezado passar à sua frente, bater naquela porta e ela se abrir e ainda ouvir: Entre, filho meu, igreja minha, estava aqui esperando vocês.
Enquanto isso, eu Mônica Bastos, vou ficando por aqui, seguindo os passos de Cristo, convivendo com todos. Juntos aprendemos a ser pessoas melhores.E quanto às críticas e julgamentos? Alguém que porventura critica negativamente e julga seu semelhante, pode ser melhor que ele?


Mônica Bastos

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Como conseguir ser aprovado por todos?

Nós seres humanos somos emocionalmente atingidos com a visão negativa que algumas pessoas têm ao nosso respeito, no entanto, não podemos culpá-las por isso, afinal de contas, em nenhum momento damos a elas a oportunidade de conhecer-nos de verdade, porém, mesmo que tivéssemos todo o tempo do mundo, isso não seria possível. Desta forma, o que podemos fazer é aprender a lidar com este tipo de conflito. Não podemos perder tempo, preocupados com algo tão insignificante e que está totalmente fora do nosso controle. Sim, as pessoas não são obrigadas a gostar de nós e muito menos a aprovar a nossa opção de vida e nós não somos obrigados a mudar a nossa maneira de viver ou de encarar a vida, simplesmente porque algumas pessoas nos reprovam. Porque tanta necessidade de aprovação?
Não temos nenhuma necessidade de sermos aprovados neste mundo. Essa necessidade surge, quando reprovamos a nós mesmos, em algum aspecto da nossa vida. É uma cobrança que não vem do outro e sim de nós.   Às vezes, um simples olhar lançado sobre, é motivo o suficiente para fazer o nosso próprio julgamento. Um olhar é suficiente para fazer-nos chegar à conclusão, de que alguém reprovou o nosso cabelo, a nossa roupa, ou quem sabe o nosso comportamento. Mas como isso é possível? Isso é possível quando estamos inseguros quanto ao nosso cabelo, a nossa roupa ou o nosso comportamento etc. Não é o outro quem está nos reprovando, nós é que reprovamos a nós mesmos, de maneira totalmente imperceptível.
Sabemos que realmente existe uma opinião negativa de algumas pessoas ao nosso respeito, visto deixarem explícito, tal opinião. O que fazer? Vamos morrer ou brigar? Vamos mudar e esforçar-nos para agradar ao outro? Vamos abrir mão de nós mesmos em prol de alguém que nem é tão importante na nossa vida? Claro que não. A melhor lição a cerca disso podemos aprender com Jesus Cristo. Cristo veio ao mundo, sabia que era o filho de Deus, no entanto, não perdeu tempo fazendo discursos e tentando provar para o mundo quem de fato era. Ele apenas prosseguiu e em momento algum deixou de ser quem era, ainda que multidões o reprovassem, o criticassem e rissem pelas suas costas. Ele sabia que era o Cristo e isso era o suficiente para fazê-lo exercer o seu papel. Cristo não permitiu que as críticas e a reprovação de alguns o impedissem de cumprir à sua missão neste mundo.
Jesus escolheu algumas pessoas, as quais decidiu investir. Para esses mostrou-se, abriu-se e passou todos os seus ensinamentos. Ele não precisou gritar para o mundo e dizer que era o Cristo, mas as pessoas que estiveram perto dele tiveram o privilégio de conhecê-lo de verdade e esse conhecimento o fizeram ter convicção de que ele era de fato o Cristo. E estas pessoas o apresentaram ao mundo.
Não podemos parar em função da reprovação de alguns, pelo contrário, precisamos prosseguir rumo ao nosso alvo, de maneira que venhamos deixar o nosso legado. Não conseguiremos nos apresentar ao mundo, mas se conseguirmos nos apresentar de verdade a um grupo, mesmo que pequeno, de forma que venhamos fazer a diferença na vida deles, eles, não nós, de livre e espontânea vontade, se encarregarão de mostrar ao mundo quem verdadeiramente somos. 
Como conseguir ser aprovado por todos?Compreendendo que não precisamos desta aprovaçãoQuando sabemos de fato quem somos, não sentimos a necessidade de provar nada para ninguém e muito menos fazer franchising de nós mesmos.


Mônica Bastos

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Verdade ou consequência?

Muitos são os fatores que levam um relacionamento chegar ao fim, e por incrível que pareça, a verdade é um deles. Infelizmente muitos de nós seres humanos, não somos emocionalmente preparados para ouvir a verdade. Quem na sua infância não chegou chorando para a mãe toda descabelada relatando que a amiga disse que seu cabelo era feio? E advinha o que a mãe respondeu? Mentira dela bebê, seu cabelo é lindo, o cabelo dela que é feio.  
E assim fomos crescendo, em todos os momentos sendo privados de ouvir e encarar a verdade. Se nossos pais soubessem o tamanho estrago que estavam fazendo à nossa vida, com certeza, teriam nos preparado melhor.
Parece bobo, mas se fizéssemos uma autoanálise, veríamos o quanto esse pequeno detalhe interferiu e interfere em nossos relacionamentos. Quantos casamentos, namoros, amizades e até sociedades são rompidas simplesmente porque alguém decidiu falar a verdade?
Sabemos o quanto é difícil aprender a lidar com situações em que somos confrontados a ver ou até a ouvir coisas que nos ferem e nos machucam, mas que no fundo no fundo, sabemos que é para o nosso próprio crescimento.
Todas as vezes que vai sair de casa reclama que as roupas não cabem, que não ficam bem, que a barriga cresceu, e lamenta o quanto está gorda. Senta no sofá com uma caixa de chocolate, olhando as fotos antigas e chora porque tinha um corpinho lindo. Ai determinada ocasião seu esposo diz que você está gorda, pronto, motivo para separação. Ele não gosta de mim, ele me acha feia, ele aumenta a minha baixa estima. Não aguento mais... buá, buá. O pobre coitado deve está sem entender até agora, afinal de contas ele só olhou para você e disse que estava gorda, sim, não mentiu por que você sabe disso. Mas não queremos ouvir isso, não é mesmo? Bom mesmo é ouvir uma mentirinha básica, receber um falso elogio: Você está magrinha.
Visitamos uma amiga, comemos triplicado, e quando ela olha para nós e diz delicadamente: Percebi que engordou um pouquinho, não seria melhor emagrecer? Amiga, estou muito satisfeita com o meu corpo, meu esposo me ama do jeito que eu sou, e sabe de uma coisa? Sou linda.
Já sabemos que uma guerra foi armada, a amiga é invejosa, falsa e recalcada. Amigas? Nunca mais. Mas dias depois está lá no espelho, chorando e lamentado os quilos adquiridos, mas o bom mesmo ainda é ouvir aquela mentirinha básica, não é mesmo?
Infelizmente isso acontece em todos os aspectos da nossa vida, quando somos colocados frente a frente com a verdade, queremos tudo, menos enxergá-la.
O que fazer diante de tal situação? Aprendermos a lidar emocionalmente com as verdades as quais somos diariamente confrontados. Como?
Analise, quando ouvimos algo que não nos agrada, de antemão precisamos respirar fundo e fazer uma profunda análise do que escutamos. O que em determinado momento pode parecer afronta, pode ser apenas uma orientação. Aprenda, a  verdade por mais dura que seja, é sempre bem- vinda. Em todos os aspectos da nossa vida só trabalharemos em prol do nosso crescimento a partir do momento que aprendemos a ouvir a verdade. Sabemos que somos bons, mas que mal há ouvir que precisamos melhorar? O bom pode sempre ficar melhor. A verdade tem o grande poder de nos fazer enxergar aquilo que realmente somos dando-nos indícios de que precisamos sempre nos aperfeiçoar.
É melhor ouvir a verdade ou sofrer as consequências de ser iludido com a mentira?
A propósito, dá uma penteada nesse cabelo, está um pouco bagunçado. Brincadeirinha...

Mônica Bastos

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Altruísta ou egoísta?

Nós seres humanos somos tendenciosos ao egoísmo, há até controvérsia se essa é uma característica natural humana ou se é um hábito adquirido. Independente de ser uma característica natural ou hábito adquirido, assumir tal comportamento não é típico de nós seres humanos. Somos altamente ofendidos quando ouvimos tal afirmação ao nosso respeito. Será que somos de fato egoístas? Não é tão difícil descobrir, quando fazemos uma autoavaliação das nossas atitudes e quando nos esforçamos para saber a real motivação de cada decisão e de cada ação. Mas será que temos interesse em descobrir o quão egoístas somos?
Como assumir tal característica não é nada fácil, talvez o ideal fosse direcionar o nosso estudo para o outro lado, o altruísmo. Ouvir o quanto altruístas somos é bem mais agradável, não é mesmo?
Acreditamos que o altruísmo é uma legítima construção da cultura humana. Sendo assim, com muito trabalho e dedicação, podemos nos livrar de todo tipo de egoísmo, pois todas as vezes que agimos de maneira altruísta, deixamos de lado nosso lado egoísta. Se ao ler esse texto até aqui, você se perguntar: Porque eu deveria buscar ser uma pessoa altruísta? O que eu ganho com isso? Posso afirmar, o assunto é sério. O seu grau de egoísmo é bastante elevado. Mas de qualquer forma, vou responder-lhe. Você não precisa tornar-se uma pessoa altruísta, isso é questão de escolha. Você não precisa ganhar nada com isso, essa é o objetivo dessa filosofia.O altruísmo é a ação de amar ao próximo sem esperar nada em troca; é uma dedicação demonstrada de maneira desinteressada; filantropia ou abnegação. Quer um exemplo de altruísmo?Jesus Cristo, o maior altruísta que esta terra já viu. Aprenda em três passos a ser menos egoísta e mais altruísta.

1.  Nunca faça com o outro aquilo que não quer que façam com você: Quantas vezes nos decepcionamos com as pessoas que nos cercam, simplesmente por não se comportarem da maneira que esperamos? Agimos de maneira desleal e leviana com os outros, mas nos sentimos extremamente ofendidos quando alguém dá a nós tratamento semelhante. Antes de falar ou agir, se coloque no lugar do outro e pergunte a si mesmo: Será que eu gostaria de ouvir isso? Será que eu gostaria de ser tratado dessa forma?
Fiz uma postagem no facebook a respeito da maneira que nós nordestinos estávamos sendo tratados diante do resultado da última eleição presidencial. Foi uma postagem que resultou em inúmeros compartilhamentos e é claro, em muitas opiniões, algumas contrárias a minha, o que é normal e permitido. Mas uma pessoa não leu o texto e achou que eu estava criticando os nordestinos, educadamente pedi para que ela lesse o texto e depois desse a sua opinião. De repente uma amiga dela me mandou em off, uma mensagem pessoal e ofensiva, ela não estava falando mais do texto e sim o motivo pelo o qual eu o havia escrito. Inverdades, pois ela não me conhece. Educadamente tentei explicar, quando percebi que ela não me compreendia, decidi falar a língua dela. Disse algumas inverdades ao seu respeito, digo isso porque não a conhecia. Ela se desequilibrou e lembro-me que me disse: Como que pode dizer isso para mim? Você não me conhece, parece que nem tem família. Eu perguntei:  Te ofendi? Ela disse sim, você não tem o direito de falar assim comigo. Eu respondi: Você está certa, não posso tudo que disse ao seu respeito são inverdades, mas só queria que você sentisse o que eu senti ao ser injustamente ofendida por você. Quer dizer que você tem o direito de me dizer tudo o que quer e pensa que simplesmente devo calar-me? Agora você já sabe como me senti com tudo o que ouvi de você. Quem fala o que quer, ouve o que não quer. Ela disse: Desculpa-me, vamos esquecer esse assunto. Infelizmente as pessoas querem fazer e falar o que querem, no entanto não aceitam uma reação do outro, só compreendem quando passam pela mesma situação. Se não quiser ouvir coisas desagradáveis, não fale coisas desagradáveis, se não quiser ser exposto, não exponha ninguém. Tenho certeza que a amiga da minha amiga aprendeu a lição, da maneira mais dura, mas aprendeu.

2. Nunca cobre do outro aquilo que você não pode dar: Cobrar é algo extremamente fácil, principalmente quando temos plena convicção daquilo que estamos cobrando. Se eu pago determinado serviço, preciso receber por aquilo que estou pagando. Eu sou o contratante e ele o contratado. Mas quando nos referimos a atitudes e comportamentos as coisas mudam um pouco, precisamos de coerência. Como exigir de meu cônjuge, filhos, amigos, colegas de trabalho determinadas atitudes ou comportamentos sem que haja reciprocidade da minha parte? Faça o que eu digo e não o que eu faço? Será que funciona?

3.    Nunca faça nada, esperando retribuição: Quem em algum momento da vida não se lamentou de ter se doado a alguém ou a alguma causa em vão? Nada do que fazemos é em vão, desde que tenhamos a consciência de que nem sempre as pessoas reconhecerão o nosso esforço e dedicação, por conta disso o ideal é fazer sempre aquilo que está ao nosso alcance. Quando fazemos por alguém além daquilo que podemos, corremos o risco de nos prejudicar e segundo nos decepcionarmos.

Ser altruísta é pensar no outro, ao invés de pensar somente em mim.

“... cada um de nós deve decidir se quer caminhar na luz do altruísmo construtivo ou nas trevas do egoísmo..." Martin Luther King



Mônica Bastos