quinta-feira, 30 de abril de 2015

Como seria a minha vida sozinho?

Que graça teria a vida, se tivéssemos que passar por ela sozinhos? Como seria ganhar brinquedos, e não ter com quem brincar? Como seria subir nos palcos, sem tem ninguém para aplaudir? Como seria ultrapassar a linha de chegada, sem tem com quem competir? Como seria comemorar uma conquista, sem ter alguém para comemorar conosco? Como seria os dias estressantes, sem alguém para responsabilizarmos pelos nossos problemas? Como seria assistir um jogo de futebol, sem times para disputarem a partida? Como seria a minha vida sozinho?
As coisas seriam bem diferentes. Os meus dias seriam longos. Não teria ninguém para contar as minhas loucuras e compartilhar os meus melhores momentos. Haveria melhores momentos? Com quem iria rir? A vida teria sentido? Quem acenderia as luzes do palco e abriria as cortinas? Quem assistiria ao show? Como seria a minha história? Eu teria uma história? Haveria lembranças? Teria caminho para escolher?
Que o melhor de cada viagem não sejam os lugares visitados, mas as pessoas novas que trazemos na bagagem. Que escrever seja mágico, não porque expressamos os nossos pensamentos, mas em saber que diariamente entramos na vida de mais uma pessoa. Que o melhor das conquistas, sejam as pessoas as quais podemos compartilhar cada uma delas. Que o melhor da oração, não seja escutar Deus, mas saber que Deus em todo o tempo nos escuta.
O verdadeiro sentido da vida não está nos momentos vividos, nem nas experiências compartilhadas, mas nas pessoas aos quais compartilhamos os nossos momentos e que dividem conosco grandes experiências.
Então, divida os seus brinquedos, não seja indiferente aqueles que te aplaudem, respeite os seus concorrentes, comemore todas as suas conquistas, agradeça pelos amigos que aguentam o seu mau humor e pare de afrontar o time adversário, ele é que dá sentido à competição.
Agradeço a Deus por todas as pessoas que passaram na minha vida. Todas de alguma forma contribuíram para que eu entendesse o que é de fato viver. Alguns de forma dolorosa e outros de forma deliciosamente divertida, até porque aprendi que no final, o que importa mesmo são os resultados. E que o melhor da vida são as pessoas.


Mônica Bastos

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Provoquei um tsunami?Como?

Somos ensinados por Deus, através da sua palavra a olhar para a natureza, com o olhar de aprendizado. “Olhai para as aves dos céus...” (Mateus 6:23) “... Olhai para os lírios...” (Mateus 6:28). A natureza com toda a sua simplicidade, mistérios e riqueza de detalhes, tem muito a nos ensinar. Olhando para o mar, podemos aprender sobre limites. Como assim?
Em um determinado dia caminhando com uma amiga na praia, ela disse-me: “Mônica, olha como as coisas de Deus são perfeitas, ele estabelece limite para tudo. Tanto o mar como a terra, permanece exatamente em seus lugares, em seus limites.” Lindo discernimento dado por Deus à minha amiga.
Hoje ao olhar mais uma vez para o mar, fico a imaginar, quão grandes estragos são provocados, quando o mesmo através de seus tsunamis, decide ultrapassar seus limites e invadir o espaço pertencente à terra. Mas para uma melhor compreensão, vamos aprender o que é um tsunami. O que é um tsunami? É uma série de ondas gigantes, causadas pelo movimento repentino no fundo do mar ou perto do oceano, que acabam gerando uma grande perturbação na água. Esse movimento pode ser desencadeado por diferentes fenômenos, como abalos sísmicos, erupções vulcânicas, deslizamentos de terra e alguns outros. Sendo assim, podemos afirmar que o mar apenas ultrapassa seus limites, quando é perturbado. E nós, quando ultrapassamos os limites a nós estabelecidos?
É importante que tenhamos a preocupação em respeitar limites. Quando conseguimos tal proeza, demonstramos a nossa evolução em matéria de humanismo. Damos início a um processo grandioso de autodisciplina, de compreensão e de respeito ao próximo. Ao aprendemos a respeitar o espaço do outro, fazemos com que o nosso espaço também seja respeitado.Isso é válido tanto no âmbito pessoal, como também profissional.
É incrível como alguns seres humanos têm a capacidade de invadir a vida do outro, sem nenhum pudor. Fazem isso com a maior facilidade do mundo, como se fossem possuidores da patente da vida alheia. É importante aprender que as decisões e escolhas alheias só nos dizem respeito quando influenciam diretamente ou indiretamente na nossa vida, de outra forma estamos invadindo a privacidade, o limite de outra pessoa.
Quais as consequências de invadir limites alheios? Muitas são as consequências, mas a maior delas com certeza é a reação do outro, que na maioria das vezes vem como um tsunami, devastando tudo. No entanto, ninguém aplaude um tsunami, Isso é claro, devido aos grandes estragos deixados por ele. E no final ficam apenas as vitimas, não é mesmo? Pessoas que foram atingidas injustamente, por estarem no lugar errado e na hora errada. Atingidas injustamente? Nem sempre, porque estar em determinado lugar, em determinada hora, tira-nos da condição de vítima, e nos coloca na condição de responsáveis pelas nossas próprias escolhas. Na maioria das vezes é nossa a decisão de ir, aonde ir, com quem ir e a que horas ir.
Como um tsunami, assim são as reações humanas, quando alguém decide mexer no mais profundo da sua privacidade. Logo se iniciam as perturbações e com elas a perda da brandura, do equilíbrio, do domínio próprio e da mansidão, que consequentemente vêm acompanhadas de atitudes que muitas vezes causam um impacto degradante.
Algumas pessoas são extremamente cuidadosas no quesito respeitar os limites alheios, no entanto, muitas vezes são altamente prejudicadas pela falta de cuidado no quesito relacionamentos pessoais e também profissionais. É importante ficarmos atentos com projetos e pessoas as quais decidimos pactuar, apoiar e incentivar. Principalmente quando não sabemos quais águas por eles foram perturbadas e quais limites por eles foram ultrapassados. Quando um tsunami invade os limites pertencentes à terra, todos os que se encontram  no local são bruscamente atingidos.
Estar no projeto errado, com pessoas erradas pode facilmente levar-nos a ter a nossa vida devastada.


Mônica Bastos – é Administradora, Escritora, Blogueira, Professional & Self Coaching, Coaching de carreira, Coaching de relacionamentos, Business and Executive Coaching, Analista Comportamental, Palestrante, Conferencista e Especialista em Desenvolvimento Pessoal e Administrativo no Ambiente de Trabalho. Autora do livro Um Líder Recrutado por Deus e coautora dos livros Damas de Ouro, Coaching & Mentoring - Foco na Excelência e também do E-book 15 Lições de carreira para Administradores.