segunda-feira, 29 de junho de 2015

Aprenda mais sobre esse "negócio" chamado resiliência

Viver definitivamente não é fácil, e para fazermos isso de maneira tranquila, precisa haver um esforço muito grande da nossa parte, pois somos seres completamente emocionais e tudo que acontece à nossa volta, dá-nos logo motivos para desistir, entregar os pontos ou até mesmo prosseguirmos com mais entusiasmo, isso depende muito do nosso nível de resiliência pessoal
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Como você se comporta em meio aos problemas complicados? Foge ou enfrenta? Se você é daquelas pessoas que enfrenta os problemas e ainda se beneficia com eles, não há dúvidas de que você é uma pessoa resiliente. Não entendeu? Uma pessoa resiliente é aquela que possui habilidades para lidar com os problemas diários, resistindo a grandes pressões, sem entrar em surto psicológico, transformando todas as experiências negativas em aprendizado e oportunidades. É superar adversidades e depois de tantas experiências dolorosas, ter a capacidade de dar a volta por cima. É a força aliada a uma forte vontade de vencer e que depende exclusivamente de nós e da nossa capacidade em tomar decisões.
Não é fácil ser resiliente, não é fácil conseguir manter-se sereno diante de uma situação de adversidade administrando as emoções, no entanto se fizermos uma análise das perdas e dos ganhos, podemos comprovar que as pessoas resilientes conseguem com uma facilidade maior serem bem sucedidas. Por quê?
Durante a nossa trajetória de vida, aprendemos que razão e emoção devem caminhar separadas e que em momentos decisivos, a razão deve sempre prevalecer. No entanto, o neurocientista português António Damásio, nos afirma que as emoções são inseparáveis da razão humana e que as emoções desempenham um papel muito importante no desenvolvimento do raciocínio e na tomada de decisão.  Segundo António há certas decisões que são evidentemente feitas pela própria emoção. Se a razão caminha lado a lado com as emoções, administrar as emoções nos coloca à frente daqueles que insistem em optar pela razão ou daqueles que optam sempre pela emoção.

Posso aprender a ser uma pessoa resiliente?
Sabemos que todos os seres humanos são diferentes psicologicamente e individualmente tem uma história de vida. ­­­­­­­­ É natural que alguns tenham um repertório melhor que outros para lidar com as adversidades e suportar o estresse. Então, se você não cresceu resiliente, se abate facilmente porque não foi convidado para aquela festa que nem estava interessado em ir e fica transtornado por que o vizinho não te cumprimentou, ainda assim pode aprender a desenvolver a resiliência. Para isso é de suma importância compreender que a resiliência significa construir novos caminhos de vida a partir do enfrentamento das adversidades. Fernando Loschiavo Nery descreve resiliência claramente em uma das suas frases: “Se atirarem pedras contra você, faça delas uma muralha ou um grande castelo.”

Como conseguir alcançar a resiliência?
Da mesma forma que fazemos para alcançar qualquer outro objetivo, mantendo o foco e principalmente a disciplina. Muitas coisas não estão sob o nosso controle, como por exemplo, as tempestades. Não me lembro de ninguém trabalhando para acabar com elas, até porque, acabar com as tempestades seria também acabar com algo indispensável à sobrevivência humana, as chuvas. Precisamos das chuvas, mas muitas vezes elas trazem essa perturbação atmosférica violenta, desejar o fim de uma coisa, é também desejar o fim da outra. O que fazer? Prepararmo-nos para os temporais (problemas, adversidades), que muitas vezes vem acompanhando as chuvas (sonhos, bênçãos, conquistas). Infelizmente em meio às tempestades não podemos fazer muito, a não ser esperar que a mesma se acalme e que vá embora. O importante a ser feito é depois, olhar os estragos, os prejuízos e ter a capacidade para colocar a mão na massa e reconstruir tudo.
Sabemos que muitos são os estragos deixados por uma tempestade, mas se nós formos analisar os destroços, vamos encontrar muita coisa nova, trazidas de longe, que com certeza, serão importantes na nossa fase de reedificação.

Como saber quando uma tempestade está chegando?
Nenhuma tempestade chega em silêncio, sempre é anunciada através de fortes ventos e relâmpagos. Fique atento aos sinais.

“Não há céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes.” (O código da Inteligência", Augusto Cury, Thomas Nelson Brasil.)

Mônica Bastos

quarta-feira, 24 de junho de 2015

É melhor ir a casa onde há luto?Como assim?


Melhor é ir a casa onde há luto do que ir a casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração. (Eclesiastes 7:2)

A pergunta é: Como que é melhor ir a casa onde há luto? É meio doloroso tudo isso, mas ao receber a notícia da morte do jovem cantor e da sua namorada, pude compreender exatamente essa palavra. O momento do luto é um momento triste, porém um momento dedicado a reflexões acerca do que é verdadeiramente à nossa vida e principalmente a importância das nossas escolhas.
É no momento do luto que percebemos que a vida tem começo e fim, e como somos totalmente impotentes diante dela. Passamos grande parte dos nossos dias tentando controlar, manipular as pessoas e as coisas. Podemos manipular a vida, mas não conseguimos manipular a morte.

O Brasil chora a morte de um cantor, mas isso vai passar. Logo novos talentos surgirão e o Cristiano Araújo pouco a pouco sumirá da lembrança de todos. Mas o filho, o irmão, o amigo, o sobrinho de 29 anos será esquecido? A Alanna namorada do cantor famoso, logo será esquecida, mas será que a filha, a amiga, a irmã, a neta, de 19 anos será esquecida? O Brasil perde um cantor, mas dois corpos familiares perdem um membro.

De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele.(1 Coríntios 12:26)

Essas famílias perdem um pedaço do seu corpo e nunca mais serão as mesmas. Tudo isso é muito triste. Imagine braços sem mãos, pernas sem pés e vice-versa? Pertencemos a um corpo que nos ama e depende de nós para estar completo.

Olhar para o luto dessas famílias me faz refletir o quão incapazes somos diante da morte e como a nossa família é importante. Infelizmente a correria do dia a dia pelo sucesso profissional e também pessoal nos deixam impossibilitados de perceber que o mais importante, nós já temos. A correria, muitas vezes nos faz colocar à nossa vida em risco, sem ao menos calcularmos. Faz-nos entregar a nossa vida nas mãos de pessoas que muitas vezes nem conhecemos. Faz-nos esquecer do que é verdadeiramente importante.

 A vida do Cristiano e de sua namorada estavam totalmente nas mãos de um "desconhecido", apenas de um motorista. Quantas vezes fazemos isso? Quantas vezes colocamos as nossas decisões nas mãos de pessoas que infelizmente não podem ajudar muito? Quantas vezes descansamos e deixamos que as pessoas escolham por nós? Quantas vezes dormimos certos de que ao acordarmos estaremos no lugar que almejamos estar?
Podemos trabalhar, correr, fazer escolhas, mas se quisermos chegar ao nosso destino, precisaremos mais que um especialista para nos conduzir. Especialistas também falham. Se quisermos chegar ao nosso destino precisamos entregar a direção das nossas vidas àquele que tem o poder de nos manter vivos, para que continuemos correndo atrás dos nossos sonhos.
“O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela.” (1 Samuel 2:6)

Meus sentimentos aos familiares destes dois jovens. Que o bom Deus possa consolar o coração de vocês. Sei que em muitas das conversas surgirão: Se ele tivesse feito isso, se tivesse agido de determinada forma, se não tivesse ido... No entanto, sabemos que toda morte tem uma causa, e sempre vem acompanhada de uma desculpa, mas na verdade, todos nós temos um tempo determinado por Deus para permanecer nesta terra, e a nossa passagem neste mundo com certeza tem um propósito específico. De maneiras diferentes, tenho convicção de que Cristiano e Allana brilharam e iluminaram vidas, desde o nascimento até à partida.

Que possamos não só em momentos de luto, mas todo o tempo, meditarmos sobre esse negócio chamado VIDA, que muitas vezes só é valorizada após a perda.
Que o Senhor: “Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria.” (Salmos 90:12)
 
Mônica Bastos