segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Viver é uma arte

Henrik Ibsen dizia que viver é uma arte. A palavra arte dá ideia de beleza e facilidade. A vida é verdadeiramente bela, mas será igualmente fácil? Ao pesquisarmos sobre a palavra arte, descobrimos que essa é uma palavra de origem latina, "ars" que significa técnica ou habilidade. Desta forma podemos compreender melhor o que Henrik Ibsen queria nos dizer ao comparar a nossa vida a uma arte, ou seja, para vivê-la da melhor maneira possível precisaremos de muitas técnicas e habilidades. E onde aprenderemos sobre estas técnicas? Como conseguiremos estas habilidades? Vivendo.
É necessária a compreensão de que não nascemos prontos, e assim como a vida é uma arte, segundo Brian Weiss: “A vida é uma escola. Estamos aqui para aprender... Estamos aqui para desaprender”.
Esse processo de aprendizagem dá-se início desde o nosso nascimento. Os bebês nascem com um grande potencial que precisa ser desenvolvido de forma adequada. Para que isso aconteça é importante que o bebê se sinta seguro. O bebê passa nove meses num ambiente seguro, ao nascer tudo é novo, o que ele mais precisa? Segurança. Incrível, os anos vão passando, novos ambientes vão surgindo, e lá estamos nós, de antemão necessitando mais uma vez de nos sentirmos seguros. Quem se lembra do primeiro dia de aula? Do primeiro dia que dormiu fora de casa? Do primeiro emprego?
No primeiro ano de vida o mais importante é o desenvolvimento das sensações, a descoberta do andar, pegar, rir. É todo um conjunto de aprendizado. Com o passar dos anos, e com os novos ambientes é necessário o mesmo processo de adaptação. As descobertas serão sempre as mesmas. Andar, pegar, rir, mas agora de maneira mais cuidadosa. Como devo andar? O que devo pegar? Em que momento deve ou não rir? A cada novo ambiente, surgem novos desafios e novos aprendizados.
Viver nem sempre será leve e agradável, pode ser cansativo e massacrante. A vida é mesmo complexa, cheia de riscos. Todo o  tempo somos pressionados a fazer escolhas e nós seremos sempre os responsáveis por cada uma delas. E o pior disso é que nós nem sempre temos o controle dos efeitos das nossas escolhas, situações improváveis sempre acontecem.

Durante a nossa vida experimentaremos diferentes etapas de desenvolvimento, que precisam ser por nós estimulados. Haverá momentos de tristeza, mas também de alegria e assim a história de cada um é construída. Se viver é uma arte, então que tornemo-nos rapidamente artistas. 

Mônica Bastos

Publicado:http://paginarevista.com.br/monica_bastos.html

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Missão de vida. Eu tenho uma?

Inúmeras vezes ouvimos de algumas pessoas ao realizarem determinada tarefa, a seguinte afirmação: “Essa é a minha missão de vida”. Infelizmente muito de nós ainda não conseguiu identificar qual a sua verdadeira missão, talvez por não saber exatamente do que se trata.
Na maioria das vezes, a missão é confundida com hobby e também com profissão, no entanto, nós escolhemos hobby e profissão, mas não escolhemos a missão. Essa incumbência está intrínseca em nós, e desde os nossos primeiros anos de vida, começa a se revelar.
O que é missão de vida? Eu tenho uma? A missão de vida é o que podemos denominar de CHAMADO, o motivo da nossa existência. Sem ela, a nossa vida se torna vazia, e passamos grande parte do tempo, tentando encontrar o motivo pelo qual estamos nesta terra. A missão de vida dá ao ser humano uma importância que muitas vezes não é notada e valorizada por ele mesmo. Quando compreendemos que temos uma missão de vida, descobrimos que somos únicos e que fomos chamados para cumprir algo específico no mundo, algo que só nós podemos realizar.
O mundo hoje possui mais de 7 bilhões de habitantes e sem dúvidas, todos tem uma missão. Infelizmente, grande parte não descobriu a sua, uma grande parte nem se importa com isso e outra grande parte nem sabe da sua existência.  Mas se todos nós temos uma missão, não seria justo que todos soubessem e se importassem? Sim, isso aconteceria se as pessoas não negligenciassem o seu chamado. Todos nós temos um chamado, e é importante cumpri-lo, de maneira que outras pessoas não sejam prejudicadas pela nossa falta de sensibilidade.
Há alguns anos atrás, estava em um grande evento, e o pregador da noite disse: “Não estava nos meus planos vir ao Brasil, mas Deus disse a mim que viesse, pois eu precisava  falar com uma pessoa. Então eu vim”.  Não sabemos ao certo o que aconteceu, creio que o pregador não se preocupou em saber quem era a pessoa, ele veio, cumpriu o seu chamado, e saiu satisfeito em fazê-lo. Esse é o verdadeiro sentido da missão, cumpri-la, independente dos resultados.
Jesus veio a este mundo com uma missão específica, morrer em nosso lugar para que os nossos pecados fossem perdoados e assim pudéssemos alcançar a vida eterna. Muitos reconhecem o chamado e a missão de Jesus, outros não se importam, mas nem por isso Cristo deixou de realizá-lo, ou está insatisfeito com o resultado. Ele sabe que cumpriu aquilo que lhe foi proposto, mas está nas pessoas compreenderem ou não.
Quando temos convicção do nosso chamado, não há em nós preocupação alguma em relação a reconhecimento ou aceitação. A nossa satisfação está em realizá-lo.
Agora a pouco me lembrei do acidente fatal, que ceifou a vida do cantor Cristiano Araújo e da sua namorada. Um casal jovem, com um belo futuro pela frente. Se pudesse dizer alguma coisa para seus pais, faria algumas interrogações: Será que a missão dos dois  nesta terra já não foi cumprida? Será que Cristiano não cresceu e ficou famoso para um dia, sua morte servir de exemplo para milhões de pessoas? Quantas vidas foram salvas, desde a sua morte? Quantas pessoas agora usam cinto devido ao acontecido? No entanto, sabemos que tem aqueles que não se importam e que diariamente morrem por negligenciarem a grandiosidade da informação. Será que a família do Cristiano e da sua namorada entenderiam? Será que a dor diminuiria? Com certeza não. No entanto, nenhum comercial, a nível mundial, transmitiria uma mensagem de maneira tão forte e impactante.
O que é missão de vida?  Altruísmo e dedicação. É abrir mão das suas vontades em prol de ajudar o outro. É caminhar de mãos dadas com todos, certos de que existe algo bem maior. É compreender que a caminhada é longa e que requer de nós cumplicidade em cumprir todas as tarefas a nós propostas. 
Se alguém me pedisse para fazer um desenho sobre missão de vida, desenharia uma fila enorme de pessoas. E nesta fila cada um se mantém no seu lugar, sem tumulto, recebendo algo especial do colega de trás e logo repassa para o colega da frente. E todos caminhando em uma só sintonia, cada um cumprindo o seu papel de emissor e receptor ao mesmo tempo. Nada de reter, quando retemos aquilo que recebemos, causamos confusão na nossa vida e na vida de muitas outras pessoas.
Qual a sua missão de vida? Descubra e comece a praticar.

Mônica Bastos


terça-feira, 4 de agosto de 2015

Vencendo desafios com coaching e aprenda como fazer isso

Segundo Abraham Lincoln, “O êxito da vida não se mede pelo caminho que você conquistou, mas sim, pelas dificuldades que superou no caminho.” Vencer dificuldades e desafios diários é uma busca incansável do ser humano. Infelizmente, nem todas as pessoas conseguem ser bem sucedidas neste quesito, visto não estarem emocionalmente preparadas para enfrentar determinadas situações, principalmente aquelas que ocorrem de maneira inesperada. O que dificulta esse processo, é a aceitação de que vencer desafios, requer de nós autoconhecimento. Se conhecer alguém nos coloca em vantagem, imagine conhecer a nós mesmos?Autoconhecimento é uma das propostas do livro: Vencendo desafios com o coaching, do José Roberto Marques, presidente do Instituto Brasileiro de Coaching e da Master Coach Marta Ribeiro.
O livro apresenta de maneira ampla, soluções práticas de como vencer desafios através do processo de coaching. Um processo mágico, onde o individuo é desafiado e confrontado todo o tempo a se autoconhecer, levando-o a se afastar de tudo que o prejudique e se aproximar de tudo que o faz bem, revendo seus conceitos e valores, conhecendo suas fraquezas e potencialidades. Tudo com um único objetivo, vencer desafios para alcançar os resultados positivos esperados.
Agora, se você é do tipo descansado e que procura receitas prontas para alcançar o sucesso, definitivamente, esse livro não é para você, mas para aqueles que realmente acreditam que vencer, depende exclusivamente de nós mesmos, do nosso esforço, dedicação e principalmente da nossa força de vontade.
O livro “Vencendo desafios com coaching” traz consigo grandes lições acerca de nós seres humanos, de como somos sensíveis e ao mesmo tempo, como podemos ser facilmente insensíveis. O quanto somos fortes e ao mesmo tempo fracos. Como podemos ser bons e ao mesmo tempo maus. Tudo é uma questão de escolha. Nós decidimos os sentimentos que devemos cultivar em relação a nós mesmos e em relação aos outros. Compreendendo que o controle da nossa vida está em nossas mãos. Está em nós decidir o que queremos ser, independente da situação atual. Todas as nossas escolhas diretas ou indiretas sempre refletem em nós. Se não estamos gostando do que estamos vendo, porque não mudar? Só há um motivo para não mudar, estarmos possuídos pelo espírito da Gabriela cravo e canela. Quem lembra?
“Eu nasci assim, eu cresci assim e eu sou mesmo assim.” Independente de como nascemos ou crescemos, temos em nós a capacidade de transformação.
E é isso que o livro trás para nós, a visão de que todos nós somos capazes de mudar e vencer nossos desafios diários. Mas para isso é claro, de antemão precisamos aprender a enfrentar e vencer os nossos lobos internos, que insistem em nos devorar. Precisamos aprender a nos livrar de todas as crenças que nos impedem de avançar. Precisamos aprender a escutar as nossas emoções, permitindo-nos compreender a nossa verdadeira essência. Precisamos ser corajosos, tomar atitudes, sem medo de arriscar.
O Livro 'Vencendo Desafios com Coaching', é uma obra que procura trazer o que há de melhor em você, para que assim você possa superar tudo aquilo que te impede de alcançar os seus objetivos. Enfrentar os nossos medos não é uma tarefa muito fácil, mas também não é impossível. Está relacionado ao quanto você está disposto a enfrentar os seus medos para alcançar os seus objetivos. Você quer realmente superar esses obstáculos?Se a resposta for sim, leia: Vencendo desafios com coaching e aprenda como fazer isso.


Mônica Bastos

terça-feira, 28 de julho de 2015

Nunca é tarde para recomeçar

Tem uma frase, dita pelo coelho, no filme Alice no País das Maravilhas, muito interessante: “Se você não sabe para onde quer ir, qualquer caminho serve”.
Infelizmente "qualquer caminho" tornou-se opção para muitas pessoas, não por falta de definição de objetivos, mas talvez por cansaço. Cansaço de batalhar, sem quaisquer resultados aparente. Mas de quem é a culpa?
Buscar culpados é sempre um refúgio, pois temos grande dificuldade em assumir a responsabilidade por nossas decisões. Somos muito bons em fazer projetos, mas péssimos em planejamento. Talvez o erro não esteja no caminho trilhado, mas na maneira pela qual decidimos trilhá-lo. Então, ainda que as coisas não tenham saído como planejado, nunca é tarde para recomeçar e escolher caminhos novos. Como?
Reconhecimento: É muito difícil admitir que a nossa vida profissional ou pessoal esteja à beira de um naufrágio. Reconhecer a situação atual é o mais indicado. Muitas pessoas dormem enquanto o barco afunda. É hora de reconhecer o estrago. Como concertar algo que na minha visão não está quebrado? Difícil, não é mesmo?Então abra os olhos e encare a realidade.
Análise: É necessário fazer uma análise de toda a situação. Não encontraremos uma saída se não identificarmos as falhas anteriores. Numa caminhada rumo ao alcance de nossos objetivos, precisamos ficar atentos aos obstáculos que tendem a nos direcionar para o lado contrário e também aos atalhos, que insistimos em pegar, com o intuito de chegarmos mais rápido ao destino final. Se atalhos fossem seguros, porque motivo haveria vias principais? Atalhos devem ser usados como escapes, quando a via principal estiver de fato interditada por LONGO período.
Prioridade: Numa caminhada difícil, para não cansarmos facilmente, precisamos nos livrar do excesso de peso. O que seria esse excesso de peso? Tudo que seja dispensável. É difícil se desfazer de algumas regalias, mas caso contrário, estaremos trilhando um novo caminho, da mesma maneira que trilhamos os outros. Assim o resultado, será o mesmo. Para obtermos resultados diferentes, precisaremos mais do que caminhos diferentes, precisaremos de decisões e atitudes diferentes.
Nunca é tarde para recomeçar. Concordo com o John C. Maxwell: Um homem deve ser grande o suficiente para admitir seus erros, esperto o suficiente para lucrar com eles, e forte o suficiente para corrigi-los.
Mônica Bastos


segunda-feira, 29 de junho de 2015

Aprenda mais sobre esse "negócio" chamado resiliência

Viver definitivamente não é fácil, e para fazermos isso de maneira tranquila, precisa haver um esforço muito grande da nossa parte, pois somos seres completamente emocionais e tudo que acontece à nossa volta, dá-nos logo motivos para desistir, entregar os pontos ou até mesmo prosseguirmos com mais entusiasmo, isso depende muito do nosso nível de resiliência pessoal
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Como você se comporta em meio aos problemas complicados? Foge ou enfrenta? Se você é daquelas pessoas que enfrenta os problemas e ainda se beneficia com eles, não há dúvidas de que você é uma pessoa resiliente. Não entendeu? Uma pessoa resiliente é aquela que possui habilidades para lidar com os problemas diários, resistindo a grandes pressões, sem entrar em surto psicológico, transformando todas as experiências negativas em aprendizado e oportunidades. É superar adversidades e depois de tantas experiências dolorosas, ter a capacidade de dar a volta por cima. É a força aliada a uma forte vontade de vencer e que depende exclusivamente de nós e da nossa capacidade em tomar decisões.
Não é fácil ser resiliente, não é fácil conseguir manter-se sereno diante de uma situação de adversidade administrando as emoções, no entanto se fizermos uma análise das perdas e dos ganhos, podemos comprovar que as pessoas resilientes conseguem com uma facilidade maior serem bem sucedidas. Por quê?
Durante a nossa trajetória de vida, aprendemos que razão e emoção devem caminhar separadas e que em momentos decisivos, a razão deve sempre prevalecer. No entanto, o neurocientista português António Damásio, nos afirma que as emoções são inseparáveis da razão humana e que as emoções desempenham um papel muito importante no desenvolvimento do raciocínio e na tomada de decisão.  Segundo António há certas decisões que são evidentemente feitas pela própria emoção. Se a razão caminha lado a lado com as emoções, administrar as emoções nos coloca à frente daqueles que insistem em optar pela razão ou daqueles que optam sempre pela emoção.

Posso aprender a ser uma pessoa resiliente?
Sabemos que todos os seres humanos são diferentes psicologicamente e individualmente tem uma história de vida. ­­­­­­­­ É natural que alguns tenham um repertório melhor que outros para lidar com as adversidades e suportar o estresse. Então, se você não cresceu resiliente, se abate facilmente porque não foi convidado para aquela festa que nem estava interessado em ir e fica transtornado por que o vizinho não te cumprimentou, ainda assim pode aprender a desenvolver a resiliência. Para isso é de suma importância compreender que a resiliência significa construir novos caminhos de vida a partir do enfrentamento das adversidades. Fernando Loschiavo Nery descreve resiliência claramente em uma das suas frases: “Se atirarem pedras contra você, faça delas uma muralha ou um grande castelo.”

Como conseguir alcançar a resiliência?
Da mesma forma que fazemos para alcançar qualquer outro objetivo, mantendo o foco e principalmente a disciplina. Muitas coisas não estão sob o nosso controle, como por exemplo, as tempestades. Não me lembro de ninguém trabalhando para acabar com elas, até porque, acabar com as tempestades seria também acabar com algo indispensável à sobrevivência humana, as chuvas. Precisamos das chuvas, mas muitas vezes elas trazem essa perturbação atmosférica violenta, desejar o fim de uma coisa, é também desejar o fim da outra. O que fazer? Prepararmo-nos para os temporais (problemas, adversidades), que muitas vezes vem acompanhando as chuvas (sonhos, bênçãos, conquistas). Infelizmente em meio às tempestades não podemos fazer muito, a não ser esperar que a mesma se acalme e que vá embora. O importante a ser feito é depois, olhar os estragos, os prejuízos e ter a capacidade para colocar a mão na massa e reconstruir tudo.
Sabemos que muitos são os estragos deixados por uma tempestade, mas se nós formos analisar os destroços, vamos encontrar muita coisa nova, trazidas de longe, que com certeza, serão importantes na nossa fase de reedificação.

Como saber quando uma tempestade está chegando?
Nenhuma tempestade chega em silêncio, sempre é anunciada através de fortes ventos e relâmpagos. Fique atento aos sinais.

“Não há céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes.” (O código da Inteligência", Augusto Cury, Thomas Nelson Brasil.)

Mônica Bastos

quarta-feira, 24 de junho de 2015

É melhor ir a casa onde há luto?Como assim?


Melhor é ir a casa onde há luto do que ir a casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração. (Eclesiastes 7:2)

A pergunta é: Como que é melhor ir a casa onde há luto? É meio doloroso tudo isso, mas ao receber a notícia da morte do jovem cantor e da sua namorada, pude compreender exatamente essa palavra. O momento do luto é um momento triste, porém um momento dedicado a reflexões acerca do que é verdadeiramente à nossa vida e principalmente a importância das nossas escolhas.
É no momento do luto que percebemos que a vida tem começo e fim, e como somos totalmente impotentes diante dela. Passamos grande parte dos nossos dias tentando controlar, manipular as pessoas e as coisas. Podemos manipular a vida, mas não conseguimos manipular a morte.

O Brasil chora a morte de um cantor, mas isso vai passar. Logo novos talentos surgirão e o Cristiano Araújo pouco a pouco sumirá da lembrança de todos. Mas o filho, o irmão, o amigo, o sobrinho de 29 anos será esquecido? A Alanna namorada do cantor famoso, logo será esquecida, mas será que a filha, a amiga, a irmã, a neta, de 19 anos será esquecida? O Brasil perde um cantor, mas dois corpos familiares perdem um membro.

De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele.(1 Coríntios 12:26)

Essas famílias perdem um pedaço do seu corpo e nunca mais serão as mesmas. Tudo isso é muito triste. Imagine braços sem mãos, pernas sem pés e vice-versa? Pertencemos a um corpo que nos ama e depende de nós para estar completo.

Olhar para o luto dessas famílias me faz refletir o quão incapazes somos diante da morte e como a nossa família é importante. Infelizmente a correria do dia a dia pelo sucesso profissional e também pessoal nos deixam impossibilitados de perceber que o mais importante, nós já temos. A correria, muitas vezes nos faz colocar à nossa vida em risco, sem ao menos calcularmos. Faz-nos entregar a nossa vida nas mãos de pessoas que muitas vezes nem conhecemos. Faz-nos esquecer do que é verdadeiramente importante.

 A vida do Cristiano e de sua namorada estavam totalmente nas mãos de um "desconhecido", apenas de um motorista. Quantas vezes fazemos isso? Quantas vezes colocamos as nossas decisões nas mãos de pessoas que infelizmente não podem ajudar muito? Quantas vezes descansamos e deixamos que as pessoas escolham por nós? Quantas vezes dormimos certos de que ao acordarmos estaremos no lugar que almejamos estar?
Podemos trabalhar, correr, fazer escolhas, mas se quisermos chegar ao nosso destino, precisaremos mais que um especialista para nos conduzir. Especialistas também falham. Se quisermos chegar ao nosso destino precisamos entregar a direção das nossas vidas àquele que tem o poder de nos manter vivos, para que continuemos correndo atrás dos nossos sonhos.
“O Senhor é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela.” (1 Samuel 2:6)

Meus sentimentos aos familiares destes dois jovens. Que o bom Deus possa consolar o coração de vocês. Sei que em muitas das conversas surgirão: Se ele tivesse feito isso, se tivesse agido de determinada forma, se não tivesse ido... No entanto, sabemos que toda morte tem uma causa, e sempre vem acompanhada de uma desculpa, mas na verdade, todos nós temos um tempo determinado por Deus para permanecer nesta terra, e a nossa passagem neste mundo com certeza tem um propósito específico. De maneiras diferentes, tenho convicção de que Cristiano e Allana brilharam e iluminaram vidas, desde o nascimento até à partida.

Que possamos não só em momentos de luto, mas todo o tempo, meditarmos sobre esse negócio chamado VIDA, que muitas vezes só é valorizada após a perda.
Que o Senhor: “Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria.” (Salmos 90:12)
 
Mônica Bastos

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Como seria a minha vida sozinho?

Que graça teria a vida, se tivéssemos que passar por ela sozinhos? Como seria ganhar brinquedos, e não ter com quem brincar? Como seria subir nos palcos, sem tem ninguém para aplaudir? Como seria ultrapassar a linha de chegada, sem tem com quem competir? Como seria comemorar uma conquista, sem ter alguém para comemorar conosco? Como seria os dias estressantes, sem alguém para responsabilizarmos pelos nossos problemas? Como seria assistir um jogo de futebol, sem times para disputarem a partida? Como seria a minha vida sozinho?
As coisas seriam bem diferentes. Os meus dias seriam longos. Não teria ninguém para contar as minhas loucuras e compartilhar os meus melhores momentos. Haveria melhores momentos? Com quem iria rir? A vida teria sentido? Quem acenderia as luzes do palco e abriria as cortinas? Quem assistiria ao show? Como seria a minha história? Eu teria uma história? Haveria lembranças? Teria caminho para escolher?
Que o melhor de cada viagem não sejam os lugares visitados, mas as pessoas novas que trazemos na bagagem. Que escrever seja mágico, não porque expressamos os nossos pensamentos, mas em saber que diariamente entramos na vida de mais uma pessoa. Que o melhor das conquistas, sejam as pessoas as quais podemos compartilhar cada uma delas. Que o melhor da oração, não seja escutar Deus, mas saber que Deus em todo o tempo nos escuta.
O verdadeiro sentido da vida não está nos momentos vividos, nem nas experiências compartilhadas, mas nas pessoas aos quais compartilhamos os nossos momentos e que dividem conosco grandes experiências.
Então, divida os seus brinquedos, não seja indiferente aqueles que te aplaudem, respeite os seus concorrentes, comemore todas as suas conquistas, agradeça pelos amigos que aguentam o seu mau humor e pare de afrontar o time adversário, ele é que dá sentido à competição.
Agradeço a Deus por todas as pessoas que passaram na minha vida. Todas de alguma forma contribuíram para que eu entendesse o que é de fato viver. Alguns de forma dolorosa e outros de forma deliciosamente divertida, até porque aprendi que no final, o que importa mesmo são os resultados. E que o melhor da vida são as pessoas.


Mônica Bastos